O Deputado Federal do Paraná, Rodrigo Estacho, integrou uma delegação brasileira em missão científica e institucional nos Estados Unidos entre 15 e 23 de fevereiro de 2025. O objetivo foi fortalecer estratégias de combate à falsificação de medicamentos e crimes transnacionais, com visitas a Pfizer, Johnson & Johnson, a Drug Enforcement Administration (DEA) e a U.S. Customs and Border Protection (CBP), além de encontros com representantes do Departamento de Justiça dos EUA e da Embaixada Brasileira em Washington.
A falsificação de medicamentos representa uma grave ameaça à saúde pública. No Brasil, 20% dos remédios vendidos irregularmente podem ser falsificados ou adulterados, segundo a Anvisa. Além disso, fraudes financeiras e falsificação de documentos são amplamente usadas pelo crime organizado para viabilizar tráfico de drogas e outros delitos.
Segurança de fronteiras e investigação criminal
A visita à US Customs and Border Protection (CBP). A CBP, agência responsável pelo monitoramento das fronteiras dos EUA, apresentou tecnologias avançadas para rastreamento de mercadorias e apreensão de produtos falsificados. Com mais de 60 mil agentes, a CBP é referência global no uso de inteligência artificial, biometria e big data para detectar crimes, modelo que pode inspirar aprimoramentos na fiscalização da Receita Federal e da Polícia Federal no Brasil.
Já na área de investigação forense, a missão incluiu visitas a universidades especializadas, como University of Baltimore e Coppin State University, além da American Academy of Forensic Science (AAFS). Os participantes tiveram acesso a técnicas inovadoras para detectar fraudes financeiras e documentais, incluindo a manipulação de registros contábeis e falsificação de identidades.
Ações contra medicamentos falsificados
O combate à falsificação de medicamentos foi um dos focos centrais da missão. Durante a visita à Pfizer Inc., em Nova York, os representantes brasileiros participaram de debates sobre rastreabilidade de produtos farmacêuticos e medidas de segurança. Os executivos da empresa demonstraram tecnologias que garantem a autenticidade de medicamentos, prevenindo fraudes na distribuição.
Na Johnson & Johnson, em New Jersey, a delegação conheceu estratégias de proteção de marca e identificação de medicamentos falsificados. A empresa demonstrou métodos inovadores de verificação da autenticidade de remédios, além de parcerias com órgãos reguladores internacionais para coibir a falsificação.
Impacto para o Brasil
A troca de experiências com instituições de ponta dos EUA pode aprimorar as políticas brasileiras de combate à falsificação, crimes financeiros e segurança de fronteiras. O intercâmbio de informações e futuras parcerias poderão fortalecer a atuação da Anvisa, Polícia Federal e Receita Federal, garantindo maior fiscalização do mercado de medicamentos e produtos sensíveis.
“A missão serviu para percebermos a importância da educação e pesquisa forense na capacitação de profissionais para lidar com crimes cada vez mais sofisticados. A colaboração entre universidades brasileiras e norte-americanas pode impulsionar novas tecnologias de rastreamento e segurança, beneficiando diretamente a saúde pública e a economia do país”, destacou Rodrigo Estacho.
O compromisso do Brasil com o fortalecimento da segurança sanitária e o combate ao crime organizado foi reafirmado nessa missão internacional, consolidando avanços no enfrentamento à falsificação de medicamentos e crimes transnacionais.
